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sábado, 8 de setembro de 2018

A conclusão de "O Rei Adulto" está pronta para o lançamento

O volume 2 de O Rei Adulto será lançado no domingo, dia 9, na Amazon. Você quer conhecer o final dessa história?

Por ora, esse volume estará disponível apenas em formato digital. Ao contrário do volume 1, essa é uma publicação completamente independente, diagramada pelo autor.

Justamente por ser ter uma nova diagramação, há algumas diferenças com respeito ao ebook correspondente ao volume 1. Por exemplo, a tipografia padrão é Georgia, em vez de Caecilia LT Std Roman. Além disso os o início de cada capítulo ganhou uma decoração mais elegante.

A capa foi composta de modo a evocar a capa do volume 1, ainda que trazendo novos elementos que fazem parte do enredo.

O volume 2 conclui a história iniciada no volume 1. Embora seja lançado agora, os capítulos do volume 2 já se encontram escritos desde 2001. Seu preço na Amazon deve ser R$ 5,90. Mas fique ligado no lançamento, pois haverá promoções na primeira semana!

Divisória de cada capítulo.
Veja a sinopse do volume 2:
Enquanto buscam pistas sobre o paradeiro do Rei Adulto, Êisdur e seus amigos são colhidos pela terrível destruição que o uso das plantas de imaginar está promovendo no mundo das crianças. Sua viagem os leva agora ao reino oriental de Ístar, onde conflitos regionais, revoluções populares e golpes de pequenos tiranos corroem a já enfraquecida resistência que as crianças poderão oferecer ao verdadeiro inimigo, um terror inominável que as coisifica e as anula. Poderão os suprapátrias vencer esse monstro e trazer paz a Ístar, antes de cruzarem o rio das Lágrimas e descobrirem a natureza do Rei Adulto e o paradeiro das crianças que se foram?

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Promoção do ebook gratuito na Amazon

Nesta semana, O Rei Adulto está em promoção de ebook gratuito na Amazon.

Serão 5 dias de promoção, em que os leitores poderão baixar o ebook diretamente a sua conta no Kindle ou nos aplicativos que o emulam em celular, tablet e computador.

Se você ainda não o tem, não perca a oportunidade!

Nos dois primeiros dias da promoção, O Rei Adulto manteve a posição de livro gratuito mais baixado nas categorias "Ação e Aventura" e "Fantasia", e chegou à posição geral de 11.o mais baixado em toda a loja.

Se você já baixou, que tal participar da Leitura Coletiva entre 18 e 28 de agosto? O formulário de participação pode ser acessado aqui.

sábado, 4 de agosto de 2018

Videorresenha de O Rei Adulto por Erick Lins

O Rei Adulto ganhou uma nova videorresenha, desta vez feita pelo jovem escritor Erick Lins.


Erick é autor da série Animal Fusion, que já tem dois livros publicados. Ele tem um canal dedicado a livros em geral. Dê uma olhada no trabalho dele e não esqueça de curtir e compartilhar!

terça-feira, 31 de julho de 2018

Participe da Leitura Coletiva de O Rei Adulto


Você já participou de uma Leitura Coletiva?

Que tal iniciar uma justamente com uma história sobre o companheirismo e que te fará relembrar de sua infância?

O projeto de Leitura Coletiva do livro O Rei Adulto foi proposto por Deko Lipe, do instagram @primeiraorelha. Também apoiam a organização Adriana (@livrosdaadri), João Victor (@sigamoslivros) e Maria Helena (@ramificandoideiaserealidade).

Para facilitar a Leitura Coletiva, o ebook estará na promoção gratuita para download na Amazon, entre 13 e 17 de agosto. Caso queira adquirir o livro impresso, avise agora para que haja tempo de postar nos Correios.

A leitura coletiva vai de 18 a 28 de agosto. O ritmo recomendado de 2 capítulos por dia é suficiente para completar o livro no prazo.

Cada participante deve postar em suas redes sociais ao menos 3 vezes sobre a leitura com foto do livro ou de material de divulgação da história, sendo a postagem inicial (no começo da leitura) e a final (com sua resenha e comentários) no feed do ig ou seu blog com as tags #oreiadulto e #leituracoletivaoreiadulto. A postagem intermediária (de primeiras impressões) pode ser feita como stories ou no feed, como preferir.

Todos os participantes receberão marcadores do livro ao fim da leitura coletiva. Haverá ainda um sorteio com brindes relacionados à história para os que cumprirem as regras e completarem a leitura.


Para participar, preencha este formulário.

sábado, 28 de julho de 2018

O Rei Adulto tem um novo ASIN na Amazon.com.br

Mudanças no modelo de negócios da agência literária levaram ao recadastramento do ebook O Rei Adulto na plataforma da Amazon.com.br. Com isso, o registro anterior com ASIN B01N57NVMU foi retirado da plataforma e todas as qualificações que lá se encontravam foram perdidas. Mas eu as salvei antes e reposto-as abaixo.

Nessa mudança, O Rei Adulto saiu do Kindle Unlimited, ao menos temporariamente. O Kindle Unlimited permite que leitores baixem o ebook de graça, mas exige exclusividade de conteúdo: isto é, o mesmo ebook não pode ser vendido noutras plataformas. Ainda avaliarei mais cuidadosamente se vale a pena retorná-lo ao KU.

O atual endereço para a compra do ebook é este. O preço é o mesmo de antes: R$ 5,90.

Seguem abaixo as 4 avaliações que O Rei Adulto tinha na plataforma da Amazon, antes da mudança. Se você não fez ainda sua avaliação, que tal fazê-la agora?

5,0 de 5 estrelas   Uma história fantástica!
16 de novembro de 2017

História fantástica, daquelas que prendem sua atenção do início ao fim. Aborda a questão da passagem da vida infantil à vida adulta por meio de uma grande aventura, compartilhada por um grupo de crianças. Tenho certeza que agradará a vários públicos, de várias idades, pois irá tocar cada um de maneira bem particular. A história se passa em um universo imaginário riquíssimo em detalhes que levarão o leitor a viajar e se divertir e sofrer junto com Êisdur Árland e seus amigos de jornada. Espero que a segunda parte da aventura não demore muito a sair. Recomendo muito!!! (Flávio Costa)

5,0 de 5 estrelas   Leitura indispensável !
12 de abril de 2018

Este livro é uma fábula sobre as dificuldades que envolvem a passagem da criança à vida adulta. Ambientado dentro do mundo imaginário, o livro narra a epopeia de Êisdur Árland, um menino que decide descobrir o paradeiro de seu irmão mais velho Eisdras. 
Em sua jornada Êisdur vai parar na cidade de Baltar e quando menos espera é surpreendido por Tsâmar, o último velho, que diz se familiarizar pela perda do menino, pois tem ouvido algumas histórias sobre "os que se foram", crianças que em uma certa idade começam a achar a vida ali muito chata e tediosa, e acabam distanciando-se e partindo para outro mundo, ao que parece não existem mais ''crianças grandes'' em Teres, Guaipur, Lendau e em vários outros reinos. 
Mas existe um rei, o Rei Adulto, o único que cresceu e não deixou totalmente de ser criança, ele é uma lenda, todos contam que ele se foi, mas conseguiu encontrar o caminho de volta sozinho e hoje vive nos Montes Altos, além do rio das Lágrimas, entre os dois mundos. À sua busca, inicialmente unem-se outras crianças: O ladrãozinho Wáldron, o Cavaleiro Harsínu e sua irmã Marsena, juntos eles vão encontrar muitas aventuras e mistérios nessa jornada. 
Repleto de contos, dialetos, costumes e magia, este universo é composto e protagonizado apenas por crianças, que podem ser, príncipes ou princesas, arqueiros e soldados, magos, tenentes, tudo que a sua mente puder imaginar! E falando em imaginação, você já se perguntou quando começou a lenda da fada do dente ou porque fazemos pedidos a estrelas cadentes? É exatamente isso que o livro propõe, uma regressão aos nossos sonhos, memórias e fantasias de quando vivíamos em um mundo inteiramente nosso e podíamos ser qualquer coisa. 
Se você como eu, um dia de repente mergulhou no rio das lágrimas e partiu para o mundo dos adultos, mas não tem um irmão corajoso como Êisdur para te levar de volta, ou não foi inteligente como o Rei Adulto que descobriu como partilhar desses dois mundos, então querido leitor, você precisa ler este livro! (Leydiane Nunes)

5,0 de 5 estrelas   Um livro para relembrar a beleza e a simplicidade que é ser criança
14 de dezembro de 2017

Quando pegamos um novo livro em mãos e o abrimos, estamos entrando em um novo mundo, mas geralmente nós só temos certeza disso na introdução, com O Rei Adulto as coisas são um pouco diferentes, nós entramos naquele mundo já na folha de rosto e seguimos assim até o final. Isso foi o que me cativou e me prendeu logo de cara: um livro que tem identidade própria do início ao fim, como constatei depois. 
Toda a história acontece dentro do mundo mirim, um mundo em que não existem adultos (só um ou outro idoso), apenas crianças e são elas quem criam suas próprias regras. 
Êisdur é um garoto de 11 anos e meio, que está em busca do irmão mais velho, Eisdras, perdido há algumas semanas, o que preocupa muito o menino por saber que Eisdras está naquela difícil fase da vida, que é a adolescência e o abandono da infância. 
Êisdur encontra em Baltar não o irmão, mas sim Tsâmar e um jovem ladrãozinho chamado Wáldron, e juntos chegam a conclusão que só quem pode ajudar o menino é o Rei Adulto. O Rei Adulto é tido como aquele que mesmo crescendo nunca deixou de ser criança, e é o único que pode trazer as crianças "que se foram", de volta. Mas não é fácil encontrar aquele que na verdade pode ser apenas uma lenda. Tsâmar diz para que o neto Wáldron de apenas 6 anos, acompanhe Êisdur nessa busca já que o pequeno é também escoteiro, e assim os dois seguem em uma grande aventura para encontrar o Rei Adulto. 
O mundo criado por Helio Jaques é gigantesco, e não tenho como falar sobre ele inteiramente em uma resenha. Mas o que posso dizer é que, este não é um livro infantil como muitos esperam, O Rei Adulto é uma alegoria que trata sobre o crescimento e essa transposição da criança para o adolescente. Nessa história você verá de tudo, crianças que não têm adultos colocando ordens nelas, crianças livres, crianças que bebem ou usam algumas substâncias químicas, mas em momento algum o autor diz que isso seja certo ou demonstra apoiar isso, muito pelo contrário. Helio mostra, através de uma história simples e leve, as consequências que as "plantas de imaginar" causam nos jovens e não só neles, mas como afeta tanta coisa ao redor deles. 
Mas o livro está longe de dar lição de moral e reserva para seu leitor várias histórias dentro de uma só, algumas dessas histórias nos remetem ao folclore brasileiro. "Folclore? Nossa, mas que palavra antiga..." Foi o que senti ao começar essa leitura também, porque fazia tanto tempo que eu não tinha contato com o folclore brasileiro nas histórias que não fazia ideia do quanto eu sentia falta disso, mas ao começar essa leitura e ser apresenta aos curupirasmirins, caaporas, cumacangas e tantos outros, eu vi o quanto me fazia falta ter esse contato e ter histórias novas que representem a nossa cultura também. 
Veja por você, a quanto tempo você não lê um livro que fale sobre índios? Eu tenho visitado inúmeras florestas no mundo fantástico, florestas com seres sobrenaturais, com seres alados, seres élficos, seres que brilham, voam, ascendem... Mas e os seres humanos que também são fantásticos, que têm muitas histórias para contar, que cuidam das florestas e para isso não precisam de nenhum poder além do compromisso com o meio ambiente e o respeito com o lugar em que habitam?! Eles estão em falta na nossa literatura e não deveriam estar. Helio parece ter sentido falta deles também e nos coloca muito próximo do "povo da mata." 
Fiquei imaginando qual não foi o prazer que Helio deve ter sentido ao escrever esse livro, e penso que ele próprio deve ter se divertido à beça. Crianças são seres sinceros, e a sinceridade delas ás vezes é muito engraçada para os adultos que não estão mais tão acostumados com o mundo infantil, e em muitos momentos eu ri de coisas bobas como uma criança novamente, o que foi maravilhoso. 
A linguagem foi uma das características que mais me fez rir, além de que me impressionou muito! O autor trabalha com as palavras como poucos, ele tem um domínio que é inexplicável! Ele mistura dialetos regionais, gírias, sotaques, onomatopeias, sons... O final disso é algo interessantíssimo, e não satisfeito, Helio ainda é um ótimo criador de palavras e o livro até traz no final dele um glossário voltado especificamente para essa questão. Com honestidade, eu nunca li um livro cujo o autor trabalhasse tão bem com as palavras, e com uma revisão tão bem feita (eu só encontrei dois erros ao longo de 300 páginas e foram os mais bobos possíveis), está de parabéns! 
Uma das minhas melhores experiências de leitura do ano. Um livro que me surpreendeu muito, me deixou com saudades e que no final, eu tive o maior orgulho de saber que esse autor é do mesmo país que eu. É maravilhoso saber que o mercado literário brasileiro ainda possui novidades, autores fora do padrão, autores ousados e que vale à pena conhecer. 
Por fim, convido você que chegou até aqui a embarcar nessa busca pelo Rei Adulto também. (Renata Silva)


5,0 de 5 estrelas   Recomendo
29 de novembro de 2017

Você já imaginou como seria um mundo sem a presença de adultos? O Rei Adulto mostra de forma divertida a busca de Eisdur por seu irmão que desapareceu quando deixou de ser criança. Ele, então, percorre os reinos desse mundo fantasioso onde as crianças são líderes culturais, políticos e militares. Livro recomendado para todas as idades.  (Altair Ramos)

domingo, 24 de junho de 2018

A construção do Gandaio

Um dos dialetos usados em alguns dos diálogos de O Rei Adulto é o Gandaio. Seu nome deriva da Gandaia, província situada no norte de Ístar. Daí, seu uso expandiu-se para o Sul, e atualmente é o falar majoritário também nas províncias de Vagau, Toatoa e Beleléu.

A expansão do Gandaio

Ele se baseia na língua informal, carregada de gírias, falada nas metrópoles do sudeste brasileiro. Em termos de apresentação de variedades da Língua Portuguesa, o Gandaio forma um oposto conceitual ao Neotamano, o qual se baseia em construções muito formais e cheias de arcaísmo.

Do mesmo modo como o Neotamano precisou ser construído, para que as falas tivessem uma coerência interna, precisei delimitar algumas regras para a escrita do Gandaio, de modo a diminuir a arbitrariedade e impedir que uma mesma construção aparecesse de forma diferente em diálogos separados ao longo do texto. Certamente foi mais fácil construir as regras do Gandaio pois ele se baseia em exemplos do dia a dia, que ouvi aqui e ali, desde minha infância.

As principais características do Gandaio são:

  1. Os pronomes pessoais do caso reto são eu, , ele/ela, a-gente/nóis, cês, eles/elas; do caso oblíquo, me/mim, ocê, ele/ela, a-gente, ocês, eles/elas. O pronome oblíquo raramente é utilizado; quando o é, fica em próclise. 
  2. O R no fim de palavras oxítonas cai: mulhé, colhé, amá.
  3. O D do grupo consonantal ND costuma desaparecer, principalmente no gerúndio: amano, fazeno, ina = ainda; mas pode manter-se em substantivos e adjetivos dissilábicos: vinda, linda.
  4. LH pode ser substituído por I: oio = olho.
  5. Só uma palavra é flexionada em plural em sintagmas nominais, em geral o artigo ou o primeiro termo flexionável; se houver um número, todos os demais termos vêm no singular.

    os velho amigo.
    três bolo gostoso.
    muitas coisa boa.

  6. Quando uma palavra em plural antecede um substantivo iniciado por vogal, o S plural cai e o substantivo recebe uma consoante Z eufônica: O’ Zoiúdos; muita’ zamizade. O Z é na verdade a única indicação de plural do sintagma nominal assim formado.
  7. Várias palavras consideradas erradas são adotadas sem pudor no Gandaio: pobrema, ingual, qüestão, etc.
  8. O verbo impessoal no sentido de existir é ter.
  9. Os pronomes demonstrativos são esse(s)/essa(s)/isso para objetos próximos e aquele(s)/aquela(s)/aquilo para os afastados.
  10. São raras as orações subordinadas. As que se usam são geralmente explicativas ou temporais.
  11. Há considerável aglutinação: qu’ele = que + ele; cumé = cum + é.
  12. As seguintes contrações são permitidas, além das usuais: pra(s), pro(s), prum(a/s), praquele(a/s). presse(a/s), pronde, pr'ele(a/s), praí. dum(a/s), donde, num(a/s), nonde, cu' o(a/s), cu'um(a/s), cu'esse(a/s), cu'aquele(a/s), cu'ele(a/s)
  13. "Aonde" costuma parecer sob a forma adonde
  14. Quando em posição proclítica, o advérbio "não" se reduz para num

    Cê num fez isso, não?
  15. Cacofonias do tipo a boca dela e alma minha são usuais no Gandaio. 
  16. Há algumas interjeições próprias: Qualé! Cumé! Ô! Baubau! ! Ó (no sentido: veja bem!)
  17. O vocativo gandaio é antecedido por Ô e não Ó, como no português.

    Ô seu anão de meia-tigela!
  18. Muitas vogais pretônicas são assimiladas: tumém = também; pirigo = perigo, etc.
  19. A conjugação verbal possui dois paradigmas para cada tempo. O primeiro paradigma, que chamarei indeterminante, é extremamente reduzido, possuindo somente uma flexão verbal para cada tempo. O segundo paradigma, chamado de determinante, possui um certo número de flexões verbais em cada tempo e, embora reduzido comparado às flexões verbais do Português formal, permite a determinação aproximada de sujeitos ocultos a partir do verbo usado. Ambos os paradigmas são defectivos. Falta ao paradigma indeterminante a primeira pessoa do singular em todos os tempos do indicativo; a flexão correspondente ao paradigma determinante é usada em seu lugar. A flexão determinante, por outro lado, não possui a 1ª. pessoa do plural correspondente ao pronome a-gente, nem a 1ª. pessoa do singular nos tempos do subjuntivo. Pode-se dizer que o paradigma determinante é mais formal do que o paradigma indeterminante. A conjugação segundo o paradigma indeterminante exige a identificação do sujeito da frase, como em Inglês e Sueco.
  20. Tanto em modo, tempo e pessoas os verbos no Gandaio são simplificados, comparados aos equivalentes em Português. Em especial, o modo subjuntivo é praticamente inexistente, sendo quase sempre substituído pelo modo indicativo; os futuros simples do presente e pretérito são substituídos por futuros compostos (ir + verbo principal no infinitivo); o pretérito mais-que-perfeito simples é substituído por sua forma composta (ter + verbo principal no particípio passado) ou pelo pretérito imperfeito; o imperativo é substituído pelo presente do indicativo.
  21. Há uma perífrase curiosa, formada por um duplo auxiliar "ir", para exprimir um futuro imediato:

    Enquanto isso já vô i fazeno.
    Eu já vô i ino.
Quer conhecer mais o Gandaio? Que tal explorar os diálogos das crianças ístaras em O Rei Adulto?

terça-feira, 12 de junho de 2018

A pronúncia dos nomes das personagens



No mês passado deparei-me com duas situações semelhantes:

  1. Renato Lira do canal Escritores Ecléticos teve dificuldade para identificar a pronúncia correta do nome dos personagens de O Rei Adulto, ao comentar sobre o livro em um vídeo;
  2. Numa sinopse feita por Deko Lipe, no instagram Primeira Orelha, uma leitora comentou que havia gostado da sinopse, mas que tinha preguiça de livros em que as personagens tivessem nomes de pronúncia difícil.
De fato, as personagens de O Rei Adulto têm nomes que, geralmente, não se encontram nos cartórios brasileiros. Êisdur, Harsínu, Quérelim, entre outros, são incomuns. E há dois motivos para isso: i) é um livro de fantasia, onde se pressupõe estarmos diante de uma realidade fora do comum; ii) é um livro original, e todo livro que apresenta um universo distinto traz nomes que estabelecem sua marca. Pense em como os seguintes nomes estão de tal forma associados aos universos particulares que os introduziram: Atreyu, Bilbo, Peter Pan, Voldemort, Darth Vader, Spock, ... Não faria sentido ter um livro em que as personagens do mundo fantástico fossem homônimos de pessoas reais ou de personagens doutros livros.

Certamente há contra-exemplos, de casos em que os personagens são crianças do nosso mundo que de alguma forma entram em contato com o mundo mágico: Pedrinho (Picapau Amarelo), Alice (País das Maravilhas), Peter, Susan, Lucy e Edmund (Nárnia), Wendy, John e Michael (Terra do Nunca). Em O Rei Adulto, as personagens são crianças imersas no mundo imaginário, no qual adotam nomes de fantasia. Êisdur é Eduardo, Wáldron é Oswaldo, etc. Mas apenas seus nomes fantásticos são apresentados ao leitor, pois a proposta é fazê-lo imergir também nesse mundo imaginário. 

Os nomes são acentuados segundo as regras do Português, para que sejam lidos segundo a pronúncia normal do Português, ainda que pareçam incomuns.

Para facilitar a pronúncia, apresento abaixo a transcrição fonética, bem como o som, de alguns desses nomes.


Nome transcrição IPA Som
Êisdur Árland [ ˈejsduɾ ˈaɾlɐ̃nd ]
Wáldron Gastrano [ ˈwɑldɾõ gasˈtɾɐnu ]
Marsena Sterinax [ maɾˈsena steɾiˈnaks ]
Harsínu Sterinax [ aɾˈsinu steɾiˈnaks ]
Áymar Resphel [ ˈajmaɾ ʁesˈfɛl ]
Ernesto Molicári [ eɾˈnɛstu moliˈkaɾi ]
Ctara Bergrak [ ˈktaɾa beɾˈgɾak ]
Quérelim [ ˈkɛɾelĩ ]
Mbaraúna [ ᵐbaɾaˈuna ]
Teres [ ˈtɛɾis ]
Tamatich [ tɐmaˈtiʃ ] / [ tamaˈtiʃ ]
Guaipur [ gʷajˈpuɾ ]
Landau [ lɐ̃nˈdaw ]
Macebólia [ mase'bɔlia ]
Eix [ ˈejks ]
Ístar [ ˈistaɾ ]

Certamente, há variantes possíveis, segundo os sotaques regionais do leitor. Eu mesmo, como todo bom carioca, pronuncio [ ˈejʒduʁ ˈaʁlɐ̃d ], e não [ ˈejsduɾ ˈaɾlɐ̃nd ]. E você, como pronuncia?