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domingo, 30 de abril de 2017

Lyrnyra: cenas de perda e reconquista

Os cinco capítulos finais do volume I de O Rei Adulto transcorrem em Lyrnyra, a capital da Macebólia. O mapa de Lyrnyra já foi apresentado numa postagem anterior. Agora apresento como compus as ilustrações de divulgação desses 5 capítulos, que figuraram no vídeo Ilustrações d'O Rei Adulto.

ALERTA: para alguns leitores, a pequena introdução que antecederá cada ilustração abaixo poderá ser vista como mini-spoilers. Se você ainda não leu O Rei Adulto, talvez prefira apenas ver as ilustrações no vídeo acima mencionado, ou só ver após terminar a leitura.

A chegada a Lyrnyra


Após deixarem Ybyraoketá, os suprapátrias são presos por ístaros que invadiram a Macebólia e conduzidos a Lyrnyra. Lá descobrem que a cidade sucumbiu ao uso desenfreado de plantas de imaginar e se encontra num caos psicodélico.


A ilustração tentou sintetizar numa única cena diversos elementos da narrativa: o céu com cores anormais, as notas musicais aladas que saem de uma construção rachada, o submarino amarelo a singrar os ares, um menino aparentemente eufórico pelo uso da planta e o Portão do Arco-Íris, por onde os suprapátrias chegam cativos.

As imagens originais usadas para compor esta cena são:

Exceto quando mencionado doutra forma, as imagens citadas acima foram distribuídas pelas licenças CC0.

A composição usou ainda pincéis do Gimp Paint Studio e do Brusheezy.com.

Note as bandeiras que balançam diante das torres no portão: uma é a da Macebólia, e outra é a de Ístar, pois neste capítulo Ístar invadiu e conquistou a Macebólia.

Soslaio, o de Belos Dentes


No capítulo 17, Êisdur e Áymar são levados ante o imperador-príncipe Solaio para serem "julgados". Sua prisão arbitrária os faz questionar duramente o pequeno tirano, que se irrita até perder a calma.


Decidi representar o polêmico imperador-príncipe sentado no trono, paramentado, com coroa e tudo, como é de seu estilo. (Se não fizesse assim, ele poderia mandar-me prender também...). Como a Macebólia possui uma cultura levemente eslavo-germanizada, busquei, onde foi possível, imagens correspondentes para compor a cena:

Já Soslaio foi construído a partir da imagem Pretend-Angry Face (licença CC-BY 2.0), por Michael Bentley, que já tinha sido usada noutra composição.

Torre da Lua


Wáldron busca ajuda na Torre da Lua, onde se encontram a Ordem das Sacerdotisas dirigida pela irmã de Áymar. O mago o informa que reconhecerá facilmente a torre pois ela é encimada por um grande crescente.


Para esta composição, busquei por uma imagem que mostrasse céu e várias casas, pois Wáldron avista a torre elevando-se acima das casas. A imagem que me dava o melhor ponto de vista foi esta fotografia de Pisa por Rudy and Peter Skitterians. A rigor, as casas macebóis não são assim; se parecem mais com as da imagem do capítulo seguinte. Mas o cenário combinou um pouco com o do Portão do Arco-Íris, ao menos nas paleta de cores.

Parte da torre provém da imagem Kilmacduagh round tower in the burren Ireland (domínio público) por Jon Sullivan.

Exceto quando mencionado doutra forma, as imagens citadas acima foram distribuídas pelas licenças CC0.

A Fuga aos Olhudos


Os ístaros tentam caçar Wáldron com os Olhudos, dois enormes globos oculares, criados por meio das plantas de imaginar. A fuga ocorre nas ruas do bairro pobre e causa pânico geral, levando várias crianças a correr também.



As crianças dessa cena provém da fotografia Children's egg & spoon race (licença CC BY-SA 3.0) por Alethe.

As demais imagens usadas foram:

Exceto quando mencionado doutra forma, as imagens citadas acima foram distribuídas pelas licenças CC0.

Como a cena corresponde a várias crianças correndo, não tive a preocupação de identificar personagens específicos. Mas noto a curiosa semelhança entre o menino no primeiro plano e Wáldron.

A Reconquista de Lyrnyra


Ao fim do volume I, Lyrnyra é reconquistada aos macebóis, após a libertação dos suprapátrias. Isso envolve algumas lutas e uma delas é entre Áymar e Telelco, o capitão da guarda ístaro. Telelco adquire poder mágico repentinamente após ingerir uma grande quantidade de plantas de imaginar. Numa das cenas, ele invoca uma hidra para retardar Áymar enquanto foge. O livro, na verdade, menciona uma serpente de 3 cabeças; considerei válido usar uma hidra na ilustração, pois a ideia é a mesma.


O ataque da hidra acontece nas masmorras do castelo de Lyrnyra. Para representar o local usei a fotografia feita por Canes das masmorras da torre do rei do forte Oreshek (licença CC BY-SA 3.0).

O menino provém desta fotografia de George Hodan. Mudei a expressão de seu rosto e caracterizei-o com as roupas e cabelo de Áymar.

As demais imagens usadas foram:

Exceto quando mencionado doutra forma, as imagens citadas acima foram distribuídas pelas licenças CC0.


Esta ilustração completa o rol de ilustrações de cada capítulo do volume I.



Nos termos das licenças CC BY-SA 2.0 e 3.0, as duas imagens derivadas abaixo
são aqui distribuídas segundo a licença CC BY-SA 3.0.

sábado, 29 de abril de 2017

Ilustrações do Volume I

O vídeo incorporado abaixo contém todas as ilustrações de divulgação do vol. I de O Rei Adulto, na ordem correspondente da história. Funciona como um storyboard para quem ainda não conhece o livro e quer xeretar o que suas páginas prometem.


A única ilustração que não se relaciona com o volume I é a que representa a tenente Ctara Bergrak, que só é apresentada no começo do volume II.

Divirtam-se, compartilhem e não deixem de se inscrever no canal O Rei Adulto, no youtube!

domingo, 23 de abril de 2017

Nove verdades e uma mentira


Quem será capaz de identificar a mentira?

  1. O atentado terrorista aos EUA frustrou a publicação de O Rei Adulto em 2001.
  2. Nos planos iniciais, o personagem Wáldron Gastrano morreria durante a história. 
  3. Várias passagens da história e um capítulo inteiro surgiram de sonhos do escritor.
  4. A Lenda da Pedra que Saiu Rolando surgiu como um conto de ninar narrado ao filho ainda bebê do escritor.
  5. A conclamação de Êisdur aos ístaros em Sabaquá inspira-se nos discursos de Dom Afonso IV, rei de Portugal, e de Dom Álvaro Gonçalves de Pereira, prior dos cavaleiros hospitalários, durante a Batalha do Salado (1340).
  6. O desafio imposto pelo Nuncanão é uma versão mais complicada de uma brincadeira vigente entre crianças de idade escolar durante meados dos anos 1970.
  7. Êisdur busca o irmão mais velho chamado Eisdras, que abandonou o mundo das Crianças após chegar a adolescência. O primeiro amigo de colégio do escritor se chamava Esdras, e ele trocou de escola após o fim do primeiro ano do primário.
  8. O Rei Adulto é, na verdade, o Peter Pan.
  9. Há cinco vezes mais palavras em latim do que em inglês em todo o texto de O Rei Adulto.
  10. No capítulo "O Desafio do Anão", o próprio narrador se absteve de usar a "palavra proibida" até o momento em que as crianças se descuidam e a pronunciam.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Um festival literário no Facebook

Desde o dia primeiro de abril, está acontecendo o IV FLAL - Festival de Literatura e Artes Literárias no Facebook.


É isso mesmo o que você leu: o festival "acontece" no Facebook.

Imagine que várias pessoas com gostos similares resolvem se reunir em torno de postagens previamente programadas para conversar na caixa de comentários. Não faltam polêmicas no Facebook. Por que não aproveitar para polemizar construtivamente sobre assuntos interessantes?

Pois bem, o escritor Luiz Amato foi o idealizador desse formato de festival. O evento é gratuito tanto para os escritores, quanto para os leitores participantes. Basta se cadastrar na página do evento e passar a receber as postagens, interagindo com elas. Como participante, você poderá comentar nas postagens, fazer perguntas aos escritores, enviar textos para os concursos, participar das enquetes e mesas redondas (sempre via postagens) ou votar nos textos enviados por outros participantes.

A programação continua até 11 de junho de 2017. Estamos na semana de poesias. Ainda haverá mais 7 semanas temáticas, conforme o cronograma abaixo:

semana Tema
17 a 22 de abril   Poesias / Outros Gêneros Literários
24 a 29 de abril   Poesias / Outros Gêneros Literários
01 a 06 de maio   Mistério / Suspense / Policial
08 a 13 de maio   Contos / Humor / Fanfic / Chic Lit / Ação
15 a 20 de maio   Literatura Erótica
22 a 27 de maio   Ficção Científica / Literatura Fantástica & Fantasia
28 de maio a 03 de junho   Romance / Drama
05 a 10 de junho   Romance / Drama

Estou inscrito para participar de um bate-papo com os leitores no dia 24 de maio, quando conversarei sobre o livro O Rei Adulto. Nesse dia, os organizadores do FLAL devem postar também uma entrevista que fizeram previamente comigo.

Nessa mesma semana, outros autores de Fantasia estarão disponíveis para bate-papo. Participe! Poderá encontrar boas dicas de leitura, além de receber postagens de qualidade na timeline do Facebook.

sábado, 1 de abril de 2017

Etimologia. II. Nomes das províncias


Na primeira postagem desta série, expliquei a origem dos nomes usados para os reinos infantis. Nesta, registro o que me recordo sobre como os nomes das províncias de cada reino foram formados.

Meu mapa inicial, de 1991, não continha nomes de províncias, mas somente nomes dos reinos e algumas regiões (florestas, etc.). O segundo mapa, de 1992, já apresenta alguns nomes de províncias, porém só a partir do terceiro mapa que comecei a me preocupar com isso.

Para os nomes de províncias, tentei ser mais sistemático do que no caso dos nomes de reinos ou cidades e adotei um critério vagamente similar ao que a União Astronômica Internacional usa para nomear acidentes geográficos em corpos celestes: elegi um tema e busquei denominações ligadas a esse tema. Certamente, algumas exceções se imiscuíram, como ficará claro abaixo.

Os temas foram:
Reino Critério de nomeação
Teres Características geográficas, históricas ou culturais
Tamatich Cores, de preferência denominações arcaicas ou pouco frequentes
Guaipur Denominações marítimas ou baseadas numa visão de mundo que privilegia o mar
Ístar Palavras provenientes de gírias ou expressões populares, de preferência adequadas à infância
Macebólia Inicialmente, palavras relacionadas ao coração, devido à floresta de Grínkor.

Posteriormente esse critério foi completamente abandonado e as províncias foram renomeadas segundo um critério linguístico.

As duas províncias habitadas pelos caaporas possuem denominações que fogem desta regra.
Landau Não houve um critério específico

Assim temos, em Teres:
  • Prima, do lat. prima 'começo, início', onde o reino de Teres foi fundado.
  • Bela, do port. bela, caracterizada pela beleza das montanhas nevadas, abundância de cachoeiras e pelo vale do rio Flafir.
  • Fidela, do lat. fidelis 'leal, sincero, em quem se pode confiar', antigo reino de Buldo, é a província que garante a integridade do reino de Teres, pois mantém a defesa das fronteiras setentrionais e orientais, que ficam distantes da capital.
  • Arbórea, do lat. arborea 'relativo a árvore', quase integralmente coberta pelo sul do Bosque Esquecido.
  • Montana, do lat. montana 'relativo aos montes', que compreende a maior parte dos Montes Baixos.
  • Gnômia, do port. gnomo, largamente habitada por seres fantásticos.
  • Deserta, do port. deserto, pois é marcada por um deserto junto ao mar e se funde com as terras áridas do Sul Ignoto.
  • Remota, do port. remota, a província mais distante da capital Venânsi.
  • Anátema, do lat. anathema 'excomunhão'. Corresponde a uma região muito tradicionalista do antigo reino de Tamma. Mesmo após a unificação de Tamma e Ticch, continuou ligada aos valores tammanos. Na divisão territorial do Tamatich, era chamada de Magenta. Foi conquistada por Teres e jamais aceitou isso facilmente. São constantes as rebeliões na província, que passou a se denominar Anátema, para explicitar seu desejo de isolar-se do reino de Teres.
No Tamatich:
  • Blau, Sinople, Goles e Sable: são nomes de cores na heráldica usadas, respectivamente, para o azul, verde, vermelho e preto. Atentando para outros nomes nos mapas percebe-se que na província de Blau situam-se os Prados Azuis e na província de Goles situa-se a Floresta Vermelha. Os demais nomes não têm ligação direta com algum traço geográfico, mas apenas completam a paleta de cores.
  • O Sable, na verdade, é a parte conquistada pelo Tamatich da província macebol denominada Beimir. Informalmente, é o chamado "Corredor Macebol", uma faixa de terra alta marcada por várias cidades pequenas ao longo da estrada que une o norte e o sul da Macebólia.
  • Nívea, do lat. nivea 'de neve', Doiro, do port. 'de ouro', Argenta, do lat. argentea 'de prata' e Ocre completam os demais nomes de províncias tamatiscas.
  • A província guaipurina Púrpura é, na verdade, a antiga província tamatisca de mesmo nome, conquistada durante a Guerra das Águas.
  • O Tamatich também teve no passado uma província chamada Ciano, além da província Magenta (atual Anátema). Ciano também era conhecida tradicionalmente como Selúnia e retomou o nome antigo após ser conquistada por Guaipur.
Em Guaipur:
  • Costa Norte e Costa Sul denominam as províncias costeiras.
  • Condado denomina a província onde o reino de Guaipur teve início. Esse nome é uma referência às terras que Fides recebeu na outra margem do rio (a história de Fides é contada no capítulo 4 do vol. 1 de O Rei Adulto).
  • Púrpura, como explicado acima é originalmente uma província do Tamatich.
  • Terradentro, da aglutinação terra + adentro. Província interna, sem costa.
  • Riacima, da aglutinação rio + acima. Compreende a parte mais alta do interior, na subida do rio que flui dos Montes Baixos e do Bosque Esquecido.
  • Ponta, denomina a província formada por diversos cabos e promontórios. Seu nome é vem de Ponta do Alfageme, nome de um desses acidentes geográficos.
  • Corsários, nome do arquipélago conhecido pela atividade de pirataria.
  • Selúnia. Em meus mapas antigos, essa região era denominada Braço, pois parecia um grande braço de terra separado da região principal de Guaipur. Braço segue a regra para nomes de províncias guaipurinas. Mas o nome não me agradou muito. Por volta de 1995, comecei a criar mapas históricos, para elaborar lendas do mundo infantil. Nesses mapas históricos, o nome da região aparece pela primeira vez como Celúnia, nome que penso ter formado apenas pela sonoridade, buscando palavras com sufixo -IA átono latino. Do que me recordo, a forma Selúnia (com S) foi criada concomitantemente à lenda de Fides, onde há uma alusão ao encontro entre o filho do Sol e a Lua. Assim, a transformação de Celúnia em Selúnia acabou sendo inspirada pela junção de duas palavras que significam Lua: o grego Σελήνη /Selene/ e o latim Luna.
Para a Macebólia, inicialmente imaginei apenas duas províncias, uma ao norte e outra ao sul da floresta de Grínkor. Seus nomes eram Ventrícul e Aurícul. Depois considerei que esses nomes eram muito bobos e busquei outro critério para nomeá-las. Por esse momento, já tinha formado a identidade entre Macebólia e cultura ligeiramente eslavo-germânica. Foi daí que vieram:
  • Beimir. Embora exista a expressão alemã "bei mir" (comigo), o nome Beimir foi escolhido apenas por lembrar fonemas alemães. Não houve em sua adoção nenhuma escolha proposital pelo seu significado.
  • Schless, inspirado no alemão Schloß 'castelo', uma referência a situar-se nesta província a sede do reino macebol.
  • Naron e Torga (e seu nome antigo Astorga) não são germânicos. Neste caso inspirei-me em nomes ibéricos. Naron saiu de um anagrama de Aragón após o abandono de duas letras, e Astorga, do lat. Asturica, é uma cidade espanhola.
  • Grínkor, aglutinação do inglês green 'verde' + lat. cor 'coração', denomina tanto a floresta quanto a província onde vivem os caaporas.
  • Poretama, do tupi poretama 'terra do povo', é como se denomina a província habitada pelos poretés/tobajaras, os caaporas rebeldes que se uniram aos macebóis contra o governo das meninas caaporas (a história dos tobajaras é contada no capítulo 15 do vol. 1 de O Rei Adulto).
 Para Ístar:
  • Gandaia, do port. gandaia 'boa vida, vida de malandro'.
  • Vagau, abreviação do port. vagabundo no sentido de 'que gosta de vida fácil'.
  • Dedel, gíria do português.
  • Toatoa, da aglutinação + à + toa.
  • Beleléu, gíria do português usada para designar algo muito remoto. Denomina a província mais distante.
  • Falatina, referente a falar demais. Denomina a província em que se situam os Montes que Falam.
  • Carussuçu, corruptela de Carusso do Sul, parte da província landauca conquistada pelos ístaros durante a Guerra das Águas.
  • Eix. Na realidade é o nome de um reino conquistado pelos ístaros. Supõe-se que Eix possua províncias, embora eu nunca tenha refletido sobre elas, pois sua estrutura administrativa foi desmantelada pelos ístaros após a conquista.
E no caso de Landau, tal como na Macebólia, inicialmente dividi-o apenas em duas províncias com nomes Landau Sul e Landau Norte. Depois, estes foram abandonados e todo o território dividido em 4 províncias:
  • Carusso do Norte e Carusso do Sul mantém a dualidade Landau Sul e Landau Norte original. Não me recordo da origem do nome Carusso mas não me passa despercebido a associação sonora com russo/rússia, que inclusive inspira aspectos do brasão landauco.
  • Hoxxa vem do nome do herói landauco Brademir Hoxxa.
  • Anguri é um nome cuja etimologia me escapa, pois foi criado há muito tempo e não guardei registros. Tenho a sensação de que ele designaria um tipo de animal da região e creio que o -i tônico final da palavra é um plural, como o plural do italiano. Por muito tempo, convivi com a sensação de que a região de Landau no entorno do Bosque dos Acruxos tivesse animais diferentes, particularmente um tipo de roedor, que as crianças usavam como animal de estimação. Creio que a origem da palavra venha daí.
Como os nomes das províncias foram criados só após alguns capítulos da história terem sido escritos, eles guardam detalhes interessantes sobre as diversas relações que eu ia fazendo à medida que escrevia O Rei Adulto.