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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

As ordens de cavalaria

Houve um tempo em que as ordens de cavalaria eram numerosas no Mundo Mirim. Isso foi muito antes da Guerra das Águas, antes mesmo da unificação do Tamatich. As principais cidades tinham suas ordens e guildas de fidalguia, ápice de reconhecimento ao qual almejavam crianças desde pequenas.

Os tempos, contudo, são outros. E os interesses das crianças também mudaram. Muitas ainda têm os olhos a brilhar quando pensam na cavalaria, mas poucas se candidatam aos longos e estrenuantes treinos. É mais fácil brincar de bandido e mocinho...

No tempo da busca de Êisdur Árland pelo Rei Adulto, havia apenas quatro grandes ordens de cavalaria no Mundo Mirim: a Ordem dos Cavaleiros de Baltar, a Ordem dos Cavaleiros de Lize, os Cavaleiros Azuis e a Mui Leal Ordem. As duas primeiras eram as ordens oficiais dos reinos de Teres e Ístar, enquanto as duas outras tinham sede no Tamatich, nas cidades de Doma e Verna, respectivamente.

O caminho para tornar-se um cavaleiro era árduo. Para habilitar-se ao título, a criança servia antes como escudeiro de um outro cavaleiro a partir dos 6 anos, depois como pajem, a partir dos 9 anos. A idade mínima para ser nomeado cavaleiro era 11 anos, mas a maioria só o conseguia após os 12 anos, pois era preciso provar seu valor com grandes feitos. 

A acolada: cerimônia de investidura de um cavaleiro.

A cerimônia de investidura de um novo cavaleiro era chamada de "acolada". Podia ser presidida por um príncipe/princesa, ou pelo prior da respectiva ordem. O cavaleiro deveria proferir o juramento aos ideais da ordem, reconhecendo que perderia o título caso quebrasse seus votos.

Uma versão mais simples da acolada era também realizada nas cerimônias de sagração de suprapátrias e buscandantes. Apenas o regente de um reino poderia sagrar suprapátrias; mas todo prefeito de cidade ou suprapátria poderiam sagrar buscandantes. Wáldron preside uma cerimônia desse último tipo no capítulo XIX de O Rei Adulto:

— Convenhamos, Amanara! — replicou Wáldron. — Nossa palavra não convencerá ninguém!
— A minha não... A tua sim! És suprapátria e, como tal, podes nomear buscandantes.

Harsínu Sterinax, Cavaleiro de Baltar
Uma vez nomeado, o cavaleiro poderia tomar cores e um símbolo para identificá-lo, se sua fratria já não os tivesse. Ao ser investido, Harsínu tomou o azul, da Ordem de Baltar, e juntou-o ao unicórnio dourado, para representar sua posição como Cavaleiro de Baltar e Guardião da Honra do Tamatich. Esse último título, de fato, é um grau honorário da Mui Leal Ordem, concedido a todos os que prestaram grandes serviços à coroa tamatisca.

Os cavaleiros faziam jus ao tratamento de "Vossa Valentia", em deferência aos feitos prodigiosos que os alçaram ao título.

Embora não fosse comum, havia também cavaleiras, inclusive na tradicionalíssima Mui Leal Ordem. Conta-se que, num passado remoto, uma ordem inteira de meninas combatentes foi instituída em Eix. Chamava-se Legião Amazônida. Não é à toa que a alma guerreira nunca abandonou as eicsas, mesmo após sua legião ser dissolvida.

Contudo, a maioria das meninas preferia juntar-se às ordens secretas da natureza, sagrando-se sacerdotisas, astromantes ou druidas.

Além das ordens de cavalaria, havia outros grupos nelas inspirados, embora com alcance mais limitado, tais como, por exemplo, a Guarda de Meninos-Arqueiros (Cap. 1), a Patrulha dos Prados (Cap. 5) e a Milícia Eicsa (Cap. 23). Alguns desses grupos empregavam a acolada e tinham graus hierárquicos tão detalhados como os das ordens de cavalaria.

Em todos esses casos, as ordens de cavalaria e grupos similares serviam a um propósito nobre: permitiam que as crianças se aventurassem felizes e adiassem a vinda do tédio juntamente com a adolescência, que as levaria para o outro lado do Rio das Lágrimas.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O lançamento do volume 1 de "O Rei Adulto"

No dia 20 de dezembro, ocorreu o evento de lançamento do volume 1 de O Rei Adulto, no Observatório do Valongo, instituição onde trabalho.


Essa edição foi publicada pela AZO Agência Literária e corresponde à primeira metade da história completa. Esperamos que a publicação da conclusão seja possível em breve.

Gostaria de agradecer ao Fernando Cardoso e Mariana Carbas, da AZO, bem como ao meu primo Flávio da Silva Costa, que apoiaram e tornaram possível essa edição.

O evento foi prestigiado por cerca de 60 pessoas, entre professores, alunos, amigos e familiares. Todos puderam brindar com a célebre sangria Dragão Festeiro, feita com uvas colhidas nos Montes Baixos, em Teres.

Veja abaixo algumas fotos do evento. E não se esqueça de reservar em exemplar!

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Um conto de Fantasia em Tupi Antigo

"Fundação de São Vicente", por Benedito Calixto de Jesus.
Acervo do Museu Paulista da USP

Quando avançava na escrita de meu livro, em meados dos anos 90, planejava a elaboração de vários pequenos apêndices que serviriam como expansão à história principal. Em 2001, após 10 anos de projeto, decidi que era hora de terminá-la e resolvi incluir apenas os apêndices já redigidos. Um desses foi escrito integralmente em Abanheenga (Tupi Antigo), em homenagem aos caaporas, e aborda a guerra que os dividiu em torno da função desempenhada pelas meninas como líder máximo das aldeias.

Os dois livros com
os quais aprendi
o Tupi Antigo.
Esta história é contada de forma resumida por Amanara, no Capítulo 15 de O Rei Adulto. O apêndice "Marana Ka'aporubixapaba Resé" estendia-a um pouco mais. A ideia de escrever um pequeno conto em Tupi Antigo veio do desejo de usar esse fascinante idioma em um texto moderno, revitalizá-lo, apresentá-lo aos leitores como um tesouro cultural genuinamente brasileiro, algo que nos caberia preservar. À época, a chegada de Cabral ao Brasil completava 500 anos, e a publicação do livro Método Moderno de Tupi Antigo, do Prof. Eduardo Navarro, pela editora Vozes, alimentava meu ímpeto nacionalista.

Escrever o conto seria um desafio duplo: testar meu conhecimento do Tupi Antigo, adquirido pelos livros de Navarro e do Pe. Lemos Barbosa, bem como traduzir num idioma antigo um conto de Fantasia, de um mundo diferente daquele habitado pelos tupiniquins e tupinambás.

Esse apêndice foi incluído na edição independente que lancei em 2015, mas não faz parte da edição atual lançada pela AZO. Decidi deixá-lo de lado porque a proposta atual é simplificar a edição para viabilizá-la a um público maior. Além disso, poucos apreciariam o apêndice posto que não o entenderiam, já que não viria com a tradução. Considerei que é mais adequado apresentá-lo aqui, no blog.

Segue abaixo o apêndice em Tupi Antigo e sua tradução ao Português. Quem já leu o livro poderá comparar com a história contada no Capítulo 15. Em linhas gerais, é a mesma história, mas com algumas informações adicionais.


Marana Ka'aporubixapaba Resé A Guerra pela Liderança dos Caaporas

Oîepé serã r’a'é, ka'á-gûasu-pe, s-era Grínkor tab-usu-pe, marã’-mboxy o tyb-amo. O-pokó’-pokok o îo-esé pitang-etá, ka'apora s-er-y-ba'é. Kó marana nd’o-îkó-é-î marana amõ tetirûã suí, i typ-ag-ûera Mitanga 'Ara. Moîekosup-aba s-esé-te i aîbĩ-ngatu ka'apora supé, i 'anga mombok-ypŷ-á-bo, i pûerab-e'ymb-aba kori îé.

'Y-maran-usu riré i ypy-û. Grínkor îe-ekó-monhang-aba, ka'apora r-emi-motar-eté-puku, îa-î-moarûab Siles, Macebólia R-ubixab-ĩ, ka'apora pytybõ-mbûera i xupé îepé. Marã’-monhang-etá riré nhõ-te ka'apora îekosub-i amõ îe-r-ekó-aba r-esé. Macebólia R-ubixab-ĩ-te ka'apora o-î-pe'á-pá-potar, o emi-motara ka'á-gûasu asŷaba r-esé o-î-á-bo.

Aîpó ka'apora o-î-moaîu-katu. Grínkor-y-pe opá-katu tab-ubixaba mor-ubixá’-kunhã nhe'eng-apîar-i. A'é t-ekó-monhang-ara opá t-ubixaba sosé, opab-ĩ-inhẽ taba o-î-mono'ong-y-ba'é. Siles r-emi-motara aûîé o-î-á-bo-mo, ka'apora r-ekó-bé-saba mondygûer-i-mo.

Ka'á-gûasu-bo, tab-ubixab-etá aîpó ro'yrõ-û. Oîepé taba nhõ-te, Gûarinĩndaba s-er-y-ba'é, aîpó nd’o-î-ro'yrõ-î, o ubixaba kunumĩ-maramotara, Akangatã s-er-y-ba'é.
Akangatã nd’o-î-potar-i o ubixaba nhe'eg-apiá, i kunhã-namo r-esé. Kó ri, Macebólia-ygûara r-e-r-ekó-û mũ-namo.

Ka'á-gûasu i pe'á-pyr-a t-etama mokõî r-upi. Gûarinĩndab-ygûara o-gû-ar t-etam-usu, t-urusu-eté s-ekó-bé-sag-ûera suí. A'é-riré, Akangatã o-akasang-ityk-ityk-ypy mor-ubixá’-kunhã mor-ubixab-amo s-ekó-monhang-aba kunumĩ sosé. O atã r-e-ro-bîar-usû-á-bo, Akangatã gûarinĩ-ybyrá-par-etá Macebólia-ygûara r-eyîa-no mondyb-i, Ybyra'oketá-pe s-e-ro-gûatá-bo, i pogûyra r-asag-ûã’-me. O-î-mo'ang opá amõ taba r-ekó og upi, mor-ubixá’-kunhã îabapa bé-no, mor-ubixab-e'ym-amo taba r-eîá’-saba.

Emonã s-ekó-e'ym-i. Pogûyra i me'eng-y-pyr-ûera kunhã supé, ta kunumĩ o-nho-marã’-monhang ymẽ, ka'apor-ubixá’-gûapyk-aba potá. O morubixá’-kunhã r-esé, ka'apora r-ero-bîar-i. Opá amõ ka'apora tab-usu o-nhe-mũ morubixá’-kunhã supé: Ema'ẽ, Ybyra'oketá, Ybytyratá, Ipopirasuí, Tukatu, Sugûypirangapé.

Akangatã gûasẽ’-me Ybyra'oketá supé, nhe-rana r-obaîtĩ o supé bé o emi-arõ-mbûera sosé. Taba o-s-arõ kaysá-ybaté, morubixá’-kunhã mũ r-emi-monhang-ûera. Akangatã mũ t-atá-u'uba o-gûe-ro-epenhan, mokab-usu o-î-mopok, opá ybyrá-patagûi mombapa biã.

Pitang-etá o-îo-gûe-r-ekó Ybyra'oketá-pe. Marana s-o'ó-etá o-î-mosykyîé, i kûara motyg-ûé, pytu'u-e'ym-amo i moîngó-bo, Ka'a'anga Py'aoby monharõ-mo. Tyg-ûera s-etá: ybyrá s-apy-pyr-ûera, s-o'ó iî ybõ-mbyr-ûera gûarinĩ ambyasy-asy r-esé, 'y upaba-no o-îkó s-ugûy r-emi-mopirã’-mbyr-amo. Ka'a'anga Py'aoby ka'apora o-s-aûsub-usu, a'é-reme-te opá-katu mokanhẽ’-momboî ka'á suí, marã’-moangaîpaba r-esé.

Ybyra'oketá arõ-ana nd’o-syî, nd’i aûîé-î sumarã supé, i popesûa’-katu r-esé îepé.

Marana 'ara amõ riré, Akangatã o eîtyk-e'yma kuab-i, o-îeby Gûarinĩndaba pupé. Kunumĩ-maramotara taba-îar-amo o-îkó-potar, tobaîar-amo-te r’akó s-ekó-û.

Maran-iré, ka'apora t-etama r-ár-i bé, Siles r-emi-me'eng-ûera tobaîara supé.

Kori ka'apora tobaîara îo-e-r-ekó-bé-katu-û.

Pereba-te s-asy îé. S-asy serã îepi.


Diz-se que uma vez, na grande floresta, cujo nome nas cidades grandes é Grínkor, uma guerra torpe aconteceu. Muitas crianças lutaram umas com as outras os chamados caaporas. Esta guerra não foi diferente de outras quaisquer que ocorreram no Mundo das Crianças. Mas suas consequências foram muito ruins para os caaporas, dividindo pela primeira vez sua alma, ferida que ainda não hoje não sarou.

Isso começou após a Guerra das Águas. A Independência de Grínkor, longamente desejada pelos caaporas, foi obstada por Siles, Príncipe da Macebólia, apesar da ajuda que os caaporas lhe prestaram. Somente após muitas batalhas, os caaporas obtiveram alguma autonomia. Mas o príncipe macebol buscava dividir completamente os caaporas, bem como repartir a grande floresta.

Esses caaporas o incomodavam muito. Em Grínkor, todos os chefes de aldeia seguiam a morubixaba-menina. Ela era a que fazia as leis sobre todos os chefes, a que reunia todas as tabas. Se o desejo de Siles se realizasse, o modo de vida dos caaporas seria destruído.

Pela floresta, os chefes das aldeias recharam isso. Mas uma única aldeia não o fez, aquela de nome Guarinindaba, cujo chefe era um menino briguento chamado Akangatã.
Akangatã não queria obedecer sua morubixaba, por ser ela uma menina. Por isso, ele aliou-se aos macebóis.

A grande floresta foi dividida em duas regiões. Os habitantes de Guarinindaba receberam um território muitas vezes maior do que aquele em que viviam. Depois disso, Akangatã começou a lançar dúvidas sobre a liderança da morubixaba-menina sobre os meninos. Confiando muito em sua própria força, Akangatã reuniu uma multidão de seus arqueiros e de macebóis, fazendo-os marchar até  Ybyraoketá, para trespassar suas defesas. Pensava que teria o apoio de todas as outras aldeias e que a morubixaba-menina fugiria, deixando sem liderança o trono da aldeia.

Não aconteceu assim. O poder fora dado às meninas, para que os meninos não mais lutassem entre si para tomar o trono caapora. Os caaporas confiavam em sua rainha. Todas as outras grandes aldeias caaporas aliaram-se à morubixaba-menina: Emaém, Ybyraoketá, Ybytyratá, Ipopiraçuí, Tukatu, Suguypirangapé.

Quando Akangatã chegou a Ybyraoketá, encontrou uma resistência muito maior do que esperava. Protegia a aldeia uma enorme caiçara, construída pelos aliados da morubixaba-menina. Os companheiros de Akangatã lançaram flechas de fogo, dispararam bombardas, destruindo toda a paliçada, mas em vão.

Muitas crianças combatiam entre si em Ybyraoketá. A guerra matou muitos animais, arrasando suas tocas e  asfixiando-os, deixando o Espírito da Floresta irritado. Eram muitas as destruições: as árvores que foram queimadas, os animais que foram flechados devido a fome dos guerreiros, os rios e lagos que ficaram tingidos de sangue. O Espírito de Floresta amava muito os caaporas, mas depois disso ameaçou expulsar todos da floresta,por causa da guerra perversa.

Os defensores de Ybyraoketá não recuaram, não se renderam aos inimigos, embora estes estivessem bem armados.

Após vários dias de guerra, Akangatã reconheceu sua derrota, retornando para Guarinindaba. O menino guerreiro queria ser o tabajara, mas na verdade tornou-se o tobajara.

Após a guerra, os caaporas tomaram de volta a região que Siles tinha dado aos tobajaras.

Atualmente, os caaporas e os tobajaras vivem bem um com os outros.

Mas a ferida ainda dói. Talvez sempre doerá.

NOTA: Na tradução, as palavras tabajara/tobajara compõem um trocadilho em Tupi: tabajara significa "chefe da taba", enquanto tobajara significa "inimigo".

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Primeira resenha no Skoob

A leitora Renata Silva é aficionada por Fantasia. Ela terminou recentemente a leitura do vol. 1 de O Rei Adulto e fez uma resenha muito positiva sobre nosso livro no Skoob. Eis um trecho:

A linguagem foi uma das características que mais me fez rir, além de que me impressionou muito! O autor trabalha com as palavras como poucos, ele tem um domínio que é inexplicável! Ele mistura dialetos regionais, gírias, sotaques, onomatopeias, sons... O final disso é algo interessantíssimo, e não satisfeito, Helio ainda é um ótimo criador de palavras e o livro até traz no final dele um glossário voltado especificamente para essa questão. Com honestidade, eu nunca li um livro cujo o autor trabalhasse tão bem com as palavras, e com uma revisão tão bem feita (eu só encontrei dois erros ao longo de 300 páginas e foram os mais bobos possíveis), está de parabéns!

Leia a resenha completa aqui.

De quebra, Renata fez duas belas fotos do ebook ao lado de mapas de outras obras de Fantasia de sua estante:

{O REI ADULTO} . . "A fogueira costuma ser um local especial para ouvir e contar histórias. As labaredas que se movem como dedos de fogo, a lenha que crepita, a fumaça que sobe para o cimo do céu, tudo isso são ritos solenes, outrora empregados para reverenciar no poder das histórias; porque cada história possui um vínculo secreto com as forças invisíveis que constroem o mundo e, consequentemente, requer toda uma atitude de respeito ao ser narrada." 📖 . . Há algum tempo atrás o Helio me procurou para termos uma dessas conversas literárias, e nessa conversa ele acabou me cedendo o livro dele para leitura. Apesar dele não ter me pedido para comentar sobre ele em nenhum lugar, eu gostei tanto dessa leitura que precisava falar sobre ela! . . Quando pegamos um novo livro em mãos e o abrimos, estamos entrando em um novo mundo, mas geralmente nós só sentimos isso na introdução, com o Rei Adulto as coisas são um pouco diferentes, nós entramos naquele mundo já na folha de rosto e seguimos assim até o final. Isso foi o que me cativou e me prendeu logo: um livro que tem identidade própria do início ao fim, como constatei depois. . . Toda a história acontece dentro do mundo mirim, um mundo em que não existem adultos (só um ou outro idoso), apenas crianças e são elas quem criam suas próprias regras. . . Êisdur é um garoto de 11 anos e meio, que está em busca do irmão mais velho, Eisdras, desaparecido há algumas semanas, o que preocupa muito o menino por saber que o irmão está naquela difícil fase da vida, que é a adolescência e o abandono da infância. . . Êisdur encontra em Baltar não o irmão, mas sim Tsâmar e um jovem ladrãozinho chamado Wáldron, e juntos chegam à conclusão que só quem pode ajudar o menino é o Rei Adulto. O Rei Adulto é tido como aquele que mesmo crescendo nunca deixou de ser criança, e o único que pode trazer as crianças "que se foram", de volta. Mas não é fácil encontrar aquele que na verdade pode ser apenas uma lenda. Tsâmar diz ao neto Wáldron de apenas 6 anos, acompanhar Êisdur em sua busca, já que o pequeno é escoteiro, e assim os dois seguem em uma grande aventura para encontrar o Rei Adulto. . . 🔲 CONTINUA NA PÁGINA DO LIVRO NO SKOOB.
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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Conheça a nova edição de O Rei Adulto!

No próximo dia 20 de dezembro, O Rei Adulto será lançado em versão de livro impresso pela Agência Literária AZO.



A história completa foi dividida em dois volumes. O volume 1 já tinha sido lançado em versão eletrônica em novembro de 2015. É esse mesmo volume que agora terá edição impressa em uma primorosa diagramação feita pela AZO.

Eis algumas fotos de sua diagramação:

A diagramação feita pela AZO inicia cada capítulo com uma página em
estilo de iluminura. As páginas ligeiramente amareladas dão um aspecto
envelhecido ao livro que combina bem com a história.


O livro é composto em Junicode, uma bela tipografia criada para estudos medievais.
As capitulares são da familia de tipos Goudy Initialen, criadas por Dieter Steffmann.

Mapas desenhados a nanquim também foram reproduzidos nas últimas páginas do livro:



O Rei Adulto está em pré-venda pelo site da AZO até a véspera do dia 20. Aproveite a pré-venda, pois o livro estará sendo vendido com 15% de desconto e frete gratuito para quem for buscá-lo no evento de lançamento!